Crítica: But I’m a Cheerleader (1999)

Megan (Natasha Lyonne) é o protótipo da líder de torcida americana: linda, popular, tira boas notas e sai com o capitão do time de futebol. Um dia, porém, seus pais resolvem salvá-la de um possível desvio sexual, uma vez que ela é vegetariana, tem um pôster da Melissa Etheridge no quarto, abraça demais suas amigas e foge dos beijos do seu namorado. Os pais de Megan decidem por enviá-la para o campo de homo-reabilitação “True Directions”, dirigido pelo ex-gay Mike (RuPaul), que possui um programa infalível de “cura”, em cinco passos.

Um filme tão cretino que chega a ser gostoso. But I’m a Cheerleader (que leva o nome de “Nunca fui Santa” em Português) conta a história de Megan (Natasha Lyonne de Orange Is the New Black) um esteriótipo de lider de torcida: linda, loira, magra, hétero (ou quase isso). Seus amigos e seus pais, desconfiados de sua sexualidade decidem “ajuda-la” a mandando para o True Directions, um campo de reabilitação de homossexuais. O campo é dirigo por um Ex-gay e por uma mãe conservadora. A cura tem 5 fases. A primeira delas é a aceitação.

O filme é critico.Tratando o homossexualismo como doença, podendo e devendo ser curada. Nesse campo há Gays e Lésbicas, todos aguardando para serem curados. Eles são submetidos a essas cinco fases da doenças, que são absurdamente ridículas e auto-criticas. Os meninos fazem trabalho braçal enquanto as meninas cuidam da casa, e aprendem como satisfazer o seu homem. Assim como a sociedade é e deve ser. Eles vão fundo ao tentar explicar o porque do homossexualismo.

A confusão na cabeça de Megan é bem interessante, bem explorada. O titulo do filme se refere a uma frase citada pela mesma se defendendo das acusações de ser lésbica “Eu não sou lésbica, eu sou uma líder de torcida”. Ela se interessa por Graham (Clea DuVall) a esteriótipo de sapatão que você já deve ter visto em um ou dois filmes. Amarga, fria… O filme foca na descoberta: o desejo que ela sente por Graham.

O filme peca em não abordar tanto a história dos garotos, seria legal se houvesse pelo menos dois ou três diálogos bem elaborados entre eles.

Nota: 4,2/5

20 comentários sobre “Crítica: But I’m a Cheerleader (1999)

  1. Bom, não gostei da premissa do filme e sou totalmente contra toda essa questão de “cura homossexual”, isso pra mim não faz sentido nenhum. Cada um tem direito de fazer suas próprias escolhas e decisões, seguindo o caminho que o fizer o mais feliz possível. Além do mais, também sou TOTALMENTE contra essa ideia de: “Os meninos fazem trabalho braçal enquanto as meninas cuidam da casa, e aprendem como satisfazer o seu homem. Assim como a sociedade é e deve ser”. Outro ponto que não existe! Boa parte da sociedade já não é mais assim (infelizmente isso ainda existe, é uma realidade que estamos tentando mudar) e isso está longe de ser o ideal. Mulheres não devem ficar em casa, a menos que queiram. Muito menos aprender a satisfazer homem! Ninguém tem que aprender a satisfazer ninguém. Assim como homens não devem fazer trabalho braçal, a menos que queiram também. Bom, essa é a minha opinião.

    Beijosss

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    • Essa é toda a premissa do filme: eles te mostram como a sociedade deve ser, mas você sabe que não é assim. Ele satiriza o estilo de vida da sociedade moderna. Ele se auto-critica, fazendo com que você sinta nojo desse “conceito” que todos nos passam ao longo da vida. Entendo totalmente o teu ponto. Gostei da sua perspectiva. Beijos 🙂

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  2. eu j assisti o filme é vc o definiu bem….de tão cretino o filme acaba sendo bacana, gostei do post, tudo muito bem explicado, pra quem não assistiu vale a pena
    Bjis

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  3. Não é o meu estilo de filme preferido, mas críticas ao preconceito são boas para que a sociedade mude, então acho que esse filme deve ser visto por algumas pessoas que eu conheço e que são muito conservadoras, vou recomendar a elas, kkk…

    beijos
    colecionando livros

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  4. Oie (:
    Eu não conhecia esse livro e também assim como a Lari não sou muito de assistir filmes HUAHAUAHA. Mas tipo, adorei esse tema que ele propôs, pois parece ser mais um filme para apresentar críticas e como a sociedade reage a determinado assunto, não é mesmo? Mas assim como a maioria, me lembrou do “Cura gay” e é bom ter mostrado a realidade do assunto tratado.
    Beijos!

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  5. Olha, não sei se você sabe, mas o sufixo “ismo” está relacionado a patologias, portanto o termo correto é “homossexualidade” (;

    Tá, esse negócio de “cura gay” é algo patético, primeiramente… Tipo, as pessoas são treinadas para serem heterossexuais? Kkkkkkkk. Segundo: quer dizer que toda mulher heterossexual tem que gostar de serviços domésticos?

    Estou com muita vontade de assistir a esse filme, sei que vou ficar bolada com algumas coisas, mas parece interessante.

    http://eueminhacultura.blogspot.com.br/

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